A primeira vítima de Covid-19 registrada no Brasil morava em São Paulo. Morreu no dia 16 de março. De lá pra cá, já se passaram quatro meses e 22 dias. Na quinta-feira (6), a contabilização de óbitos alcançava 98 mil 644. São quase 100 mil vidas perdidas por uma doença que chegou de muito longe e afetou toda a sociedade. O isolamento e suas graves repercussões sociais e econômicas; as pesquisas científicas e os embates políticos sobre o uso de remédios como a cloroquina; e a falta da tão desejada vacina para imunizar a população fazem parte do enredo dessa triste história. Mas será que algo poderia ter sido feito de diferente para que, nesses primeiros dias de agosto, a conta não estivesse tão alta? Nesta sexta-feira, quando os números se aproximam dessa centena de milhar, o Ao Ponto conversa com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que agora é desafeto do presidente - foi criticado, inclusive, na live semanal do presidente, na noite de quinta-feira. Ele analisa as razões pelas quais o país chegou, desse jeito, até o dia de hoje.