À medida que a eleição e o fim do ano se aproximam, os principais economistas do Brasil se debruçam sobre um tema fundamental: o que deve ser feito, em 2023, para evitar o descontrole das contas públicas, sem tirar o Auxílio Brasil da população mais carente? Via de regra, os especialistas afirmam que é importante reduzir a ineficiência dos gastos públicos e manter mecanismos como o teto de gastos, que é condenado por Lula e desprestigiado por Bolsonaro. Ou seja, o governo gastar bem o seu dinheiro passou a ser uma questão de sobrevivência para milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza. Só nas grandes cidades, são cerca de 20 milhões de pessoas nessa situação. Fechar essa conta no ano que vem se torna ainda mais urgente diante de variáveis que retiram ainda mais o poder aquisitivo da população. A partir de janeiro, pelos doze meses seguintes, a previsão é de crescimento da economia de apenas 0,5%, com juros acima de 10% e a inflação retomando a trajetória de alta, com a possibilidade de, novamente, ficar acima do teto. Nos últimos dias, o repórter Manoel Ventura, da sucursal de Brasília, questionou os economistas de cinco das maiores instituições financeiras do país sobre esse tema. No Ao Ponto desta terça-feira, o jornalista conta o que esses especialistas pensam sobre as fórmulas para dar mais eficiência ao gasto públicas e de que forma um teto pode ser mantido, apesar das sinalizações no sentido contrário. Ele também avalia de que forma o orçamento secreto e as emendas de relator tornam essa tarefa ainda mais difícil.