Nesta sexta-feira, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) começaram a decidir se o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) podem renovar seus mandatos no comando de Câmara e Senado. No início da madrugada, o ministro Gilmar Mendes, relator da ação, divulgou seu voto, que autoriza a reeleição de Maia e Alcolumbre. O ministro defende que a recondução ocorra só uma vez, mas que a regra passe a ser aplicada a partir da próxima legislatura. O ministro Dias Toffoli acompanhou o relator, enquanto Kassio Nunes, indicado por Jair Bolsonaro, votou pela aplicação imediata da nova regra, o que tira Maia do jogo., Ainda faltam votar os demais ministros da Corte, que podem se pronunciar até a próxima sexta-feira. A Constituição veda a reeleição dentro da mesma legislatura. Em qualquer um dos cenários, o julgamento antecipa a especulação sobre quem comandará o Legislativo a partir de 2021. Na Câmara, o governo aposta suas fichas no líder do centrão, o deputado Arthur Lira (PP-AL), alvo de diferentes investigações, que vai enfrentar Rodrigo Maia ou outro nome ligado a seu grupo. No Ao Ponto desta sexta-feira, a repórter Natália Portinari, da sucursal de Brasília, e o editor-executivo Paulo Celso Pereira explicam quais são os cenários possíveis e como é possível discutir a reeleição, apesar da vedação constitucional. Eles também analisam os riscos que o governo corre ao bancar a articulação de um dos candidatos.