Você sente uma pontada no estômago só de pensar em abordar um assunto complicado com uma amiga? E aqueeeela DR, te dá um nó na garganta que dá vontade de deixar tudo como está - mesmo que esteja ruim? Não te culpo. Conversas difíceis, ou como quero chamar a partir de hoje, conversas corajosas, não são divertidas. Mas a falta de prazer não anula a importância de aprender a lidar com confrontos de uma maneira saudável. Engolir sentimentos pode transformá-los em ressentimentos que, quando mal resolvidos, se tornam culpa, raiva, projeção e, não poucas vezes, até em doenças relacionadas ao estresse. Assustador, né? Ainda no tópico saúde, conversas difíceis para a maioria das mulheres são aquelas que ainda são consideradas tabus: libido, prazer, educação sexual. A consequência da falta de diálogo aqui consegue ser pior que ressentimento: a gravidez precoce é um fator propagador de pobreza para as gerações seguintes. Segundo dados da Fundação Abrinq, quase 30% das mães adolescentes, com até 19 anos, não concluíram o ensino fundamental, ou seja, estudaram menos de sete anos. Se o contrário de medo não é coragem, e sim, liberdade, o que está faltando para abrirmos diálogos que libertem as mulheres? Bom Dia, Obvious! Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa na Obvious conversa com a atriz Alice Wegmann.