Os relatos da tragédia em Manaus, onde pacientes de Covid morreram este mês por falta de oxigênio, rodaram o Brasil e o mundo. Segundo documentos obtidos pelo Ministério Público de Contas do Amazonas, entre os dias 14 e 15 de janeiro, pelo menos 31 pessoas perderam a vida em unidades que ficaram sem o insumo. Porém, as primeiras investigações indicam que não faltaram avisos sobre a iminência de um colapso no sistema de saúde da capital de Amazonas. Os alertas vieram tanto de servidores do SUS quanto da empresa que fornece o oxigênio para uso médico. A falta de resposta no tempo adequado provocou a abertura de investigações. No último sábado, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para apurar a conduta do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e de seus auxiliares, diante da crise sanitária em Manaus. Já na segunda-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, determinou a abertura da investigação, que deve começar pelo depoimento do próprio ministro. No Ao Ponto desta terça-feira, os repórteres Carolina Brígido e Leandro Prazeres explicam os detalhes das investigações e como o avanço do inquérito pode ou não afetar o próprio presidente Jair Bolsonaro. A repórter Jussara Soares conta os bastidores das discussões, no Palácio do Planalto, sobre o futuro de Pazuello na Saúde, em meio às pressões que sofre dentro e fora do governo.