Sete tiros disparados pelas costas, por um policial branco, atingiram o jovem negro Jacob Blake, no último domingo, no estado americano do Wisconsin. Além de manifestações nas ruas, a reação ao episódio chegou às quadras esportivas. Na última quarta-feira, as principais ligas dos Estados Unidos resolveram parar suas competições, em protesto contra o racismo. O movimento começou na NBA, com os jogadores do Milwaukee Bucks, o time de Wisconsin, que decidiram não entrar em quadra contra o Orlando Magic. Depois disso, a liga de basquete suspendeu toda a rodada de playoffs. Na quinta-feira, o presidente Donald Trump criticou os jogadores e disse que a NBA se transformou em uma organização política. Mas o boicote foi seguido pelas ligas de beisebol, futebol, basquete feminino e até no tênis. No Ao Ponto desta sexta-feira. o colunista Martín Fernandez analisa as dificuldades que atletas negros enfrentam para denunciar atos de preconceito e protestar contra o racismo no Brasil. O doutor em Relações Internacionais Carlos Gustavo Poggio, professor de Relações Internacionais da FAAP, avalia como os atos de rua e o boicote de estrelas da NBA reverberam na sociedade americana e até mesmo nas eleições presidenciais de novembro.