Nas eleições, o voto feminino decide. Na cidade do Rio, por exemplo, representa 55% do eleitorado. No entanto, a representatividade das mulheres na política ainda é muito baixa. Nas eleições municipais de 2016, 641 mulheres foram eleitas em 5.564 municípios, mas a maioria administra cidades pequenas que somam apenas 7% da população. Na esteira da falta de representatividade, a Justiça Eleitoral, primeiro, adotou cotas para que os partidos tenham, no mínimo, 30% das candidatas. Em 2018, um novo instrumento foi criado para que 30% do dinheiro para as campanhas também seja destinado às mulheres. Porém, em alguns casos, os partidos resolveram burlar a legislação, com o uso de candidaturas de laranjas.Mas, o que as prefeitas eleitas na última eleição, de 2016, pensam sobre a representatividade das mulheres na política? Esse foi o tema de uma ampla pesquisa, feita organização não-governamental Alziras, que atua para ampliar a participação feminina na política brasileira. De cada 10 entrevistadas, sete disseram que as mulheres não são representadas de foram equilibrada nos postos de poder de seus partidos. No Ao Ponto desta segunda-feira, a mestre em Ciências Sociais Michelle Ferreti, diretora da Alziras, conta os detalhes da pesquisa e analisa a representatividades das brasileiras na política, na comparação com outros países.