"Ainda mais que vou comer um podrão", disse Jair Bolsonaro para a repórter do GLOBO Jussara Soares, em Nova York. Horas depois de seu primeiro discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente brasileiro parecia bem humorado. Abordado no hall do hotel onde se hospedou, ele avaliou que seu discurso tinha sido "objetivo e contundente", mas não agressivo. Analistas e diplomatas, no entanto, consideram que Bolsonaro perdeu uma oportunidade de construir pontes nas Nações Unidas, com uma fala ideológica e voltada para o público interno. Por outro lado, acenou aos investidores estrangeiros, ao dizer que pretende "reconquistar a confiança do mundo". Jussara e o colunista Guga Chacra trazem os bastidores da participação de Bolsonaro na ONU e a repercussão do discurso no círculo próximo ao presidente e em âmbito mundial.