Apesar dos esforços da Justiça Eleitoral para coibir o uso das redes sociais de maneira coordenada e automatizada com fins eleitorais, serviços de compra e venda de engajamento seguem ativos na internet. O Globo mapeou a existência de pelo menos dez serviços desse tipo voltados para o público brasileiro, com pacotes que incluem a compra de cliques, seguidores e visualizações em dez redes sociais, incluindo Facebook, Instagram, Twitter, Youtube e até o Tik Tok. A reportagem testou, na prática, de que maneira os serviços funcionam e seu potencial para influenciar o debate público. Durante dez dias, um perfil de um candidato a vereador imaginário foi turbinado com dezenas de retuítes, executados por usuários no exterior. Qual o resultado dessa experiência de compra de engajamento? Como funciona esse serviço? De que forma as redes sociais atuam para coibir esses perfis? Qual o impacto dessa estratégia sobre o eleitor? No Ao Ponto desta segunda-feira conversamos com o repórter João Paulo Saconi e com a pesquisadora Luiza Bandeira, do Digital Forensic Research Lab, um centro de pesquisa ligado ao Atlantic Council, organização que realiza análise independente de dados.