Nos últimos dias, o governo do presidente Jair Bolsonaro anunciou uma série de iniciativas que afetam diretamente a vida dos mais de 300 povos indígenas do Brasil. A mais importante é o projeto de lei que regulamenta a exploração mineral e de energia hidrelétrica dentro das reservas, com impacto sobre a preservação de rios e da Floresta Amazônica, que tem um cinturão de proteção nas áreas demarcadas. Em outro ato administrativo, o governo indicou o antropólogo Ricardo Lopes Dias como novo coordenador geral de Índios isolados. Ricardo é conhecido pela atuação como missionário para evangelizar indígenas, embora tenha dito ao GLOBO que não vai "evangelizar índio" e terá atuação técnica. Segundo o presidente, as ações fazem parte de um processo para que o índio seja, cada vez mais, um "ser humano igual a nós". No Ao Ponto desta segunda-feira, o líder indígena Paulo Tupiniquim, coordenador-executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), e o repórter Leandro Prazeres, que cobre assuntos relacionados aos povos indígenas há 15 anos, explicam os detalhes dessas medidas e contam como os índios acompanham as ações do Planalto.