A revista científica Nature Communications publicou uma inovadora pesquisa da Universidade de Utrecht, na Holanda, que descobriu um anticorpo capaz de neutralizar a infecção de células pelo novo coronavírus. O mesmo tipo de experimento foi realizado com sucesso por um laboratório de ponta do governo de Israel, classificado como um grande avanço pelo próprio ministro da Defesa do país. São progressos importantes para desenvolver tratamentos ou vacinas contra a Covid-19. Porém, esses estudos, da mesma forma que tantos outros até mais avançados, dependem de inúmeras variáveis antes de se tornarem viáveis à população. No Ao Ponto de desta quarta-feira, a microbiologista e pesquisadora do Instituto de Ciências biomédicas da USP Natália Pasternak, que também é colunista do Hora da Ciência, do GLOBO, explica a distância que separa os estudos com anticorpos de remédios ou vacinas e detalha as dificuldades que persistem para compreender como o vírus atua e como pode ser controlado.