A partir de agora, o Congresso Nacional está sob nova direção. Na Câmara, Arthur Lira (PP-AL), expoente do centrão, tratado nos últimos meses como líder informal do governo Bolsonaro, sagrou-se vencedor no primeiro turno, com o apoio de 302 dos 505 deputados presentes à sessão. No Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também apadrinhado pelo Palácio do Planalto, mas que teve o apoio do PT, foi o vitorioso, com 57 dos 80 votos. No discurso de posse, Lira pregou a própria "neutralidade" e uma pauta emergencial contra a Covid e seus efeitos econômicos. Porém, como primeiro ato, o parlamentar indeferiu o registro do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), que apresentou com atraso o registro de seu grupo de apoio. A decisão é importante pois retira os demais cargos da Mesa Diretora de partidos que apoiaram o seu rival. No Senado, Rodrigo Pacheco fez um discurso voltado aos temas prioritários para o país, como enfoque em "saúde pública, desenvolvimento social e crescimento econômico". No Ao Ponto desta terça-feira, jornalistas Paulo Celso Pereira, editor-executivo do GLOBO, e Thiago Prado, editor de País, traçam o perfil dos vencedores. Eles também analisam a relação de Lira e Pacheco com o Planalto e como a troca de guarda no Congresso Nacional afetará a votação das propostas prioritárias, como as reformas. Os jornalistas também avaliam o impacto da disputa no Congresso sobre a eleição de 2022.