Pela segunda vez em apenas duas semanas, o presidente Jair Bolsonaro participou de ato em que manifestantes defendiam pautas antidemocráticas, como intervenção militar e fechamento do Congresso e do STF. Insatisfeito com a decisão do ministro Alexandre de Moraes de barrar a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo de seus filhos, para a direção da Polícia Federal, Bolsonaro elevou o tom e disse que conta com o apoio das Forças Armadas. Diante da polêmica, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, divulgou uma nota afirmando que as Forças Armadas cumprem sua missão constitucional. E o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, declarou que o governo considera inadmissível qualquer agressão à imprensa, como ocorreu no ato de domingo. No Ao Ponto desta terça-feira, o coordenador do Bacharelado em Relações Internacionais da UnB e ex-diretor do Departamento de Cooperação do Ministério da Defesa, Antonio Jorge Ramalho, e o repórter Vinicius Sassine, da sucursal de Brasília, avaliam como os militares acompanham as movimentações do presidente e quais são as possíveis consequências de sua estratégia política.