Na última sexta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou com pompa o desenvolvimento de uma nova vacina contra a Covid, que embora seja brasileira usa uma tecnologia cedida pelo Hospital Mont Sinai, de Nova York. A ButanVac pode vir a ser mais uma alternativa para combater a doença provocada pelo novo coronavírus. Na ocasião, Doria informou que trabalha com um cronograma que torna viável o início da distribuição a partir de julho. Para isso, o Instituto Butantan já deu entrada no pedido de autorização da Anvisa para início dos testes clínicos. Agora, a pesquisa segue o seu caminho, embora a previsão de Doria seja considerada por especialistas bastante otimista. Também na sexta-feira, algumas horas depois, o ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, correu para anunciar outra vacina nacional. A Versamune é um projeto da farmacêutica brasileira Farmacore, liderado por um pesquisador da USP de Ribeirão Preto, com um laboratório americano. É uma vacina semelhante a outra que já existe no mercado, fabricada pela americana Novavax. Se tudo der certo, a Farmacore espera que esse imunizante possa ser distribuído a partir do ano que vem. Porém, se no caso da ButanVac o prazo é otimista, essa vacina tem um caminho mais longo e arriscado a percorrer. No Ao Ponto desta quarta-feira, o médico infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, explica o que pode-se esperar dessas duas vacinas e de que forma elas podem ajudar a imunizar os brasileiros.