Uma série de denúncias nos últimos dois meses, apontando o desvio de dinheiro de contratos de emergência para garantir leitos de UTI às vítimas do novo coronavírus, alcançou o governador do Rio. Depois que servidores de confiança de Wilson Witzel foram acusados de ligação com o esquema, o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador e à primeira-dama, Helena, inclusive no Palácio Guanabara. Os contratos investigados previam gastos de mais de R$ 1 bilhão. Enquanto isso, as vagas de alta complexidade para as vítimas da doença estão bastante atrasadas. Witzel nega envolvimento nas irregularidades e diz ser vítima de uma ação orquestrada pelo presidente Jair Bolsonaro. No Ao Ponto desta quarta-feira, o repórter especial Chico Otavio e o editor de País, Thiago Prado, contam como o governador do Rio foi parar no centro da investigação sobre a corrupção na saúde e analisam a reação do ex-juiz diante dos elementos apresentados até agora na investigação.