As histórias de pacientes em busca de uma vaga de UTI no Brasil não são novidade. A escassez de leitos é um problema antigo, agravado pela pandemia do novo coronavírus. Médicos de unidades de emergência relatam o drama vivido pelos profissionais nos plantões, quando não conseguem vagas para pacientes graves, seja de Covid-19 ou de outras doenças. No Rio de Janeiro, um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública aponta que a capital fluminense tem 3.584 leitos públicos, mas 638 estão bloqueados por problemas estruturais ou falta de recursos humanos. Além disso, nem todos os leitos existentes no SUS estão à disposição das centrais de regulação. No Ao Ponto desta terça-feira, Mariana Scardua, mestre em Saúde Pública e ex-subsecretária de Gestão da Atenção à Saúde do Rio, e a coordenadora de Saúde da Defensoria Pública do estado, Thaísa Guerreiro, explicam como funciona a gestão dos leitos de UTI, os critérios de ocupação e as ações que podem evitar fraudes no sistema.