A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se contrapôs ao avanço do bloco socialista durante a Guerra Fria e se transformou em uma das mais longevas e poderosas alianças militares da história. Por décadas, essa união conseguiu manter a supremacia militar dos países membros e viu a ruína da União Soviética. Mas seu poderia bélico só foi efetivamente demonstrado no início dos anos de 1990, durante os trágicos conflitos que sucederam a fragmentação da antiga Iugoslávia. Dali por diante, a Otan se expandiu, conquistou antigos aliados da Rússia que integravam o chamado pacto de Varsóvia e alcançou os atuais 29 membros. Mas depois do início do governo Trump, o cenário mudou. Os Estados Unidos passaram a questionar seus aliados. E ações unilaterais foram tomadas. A mais importante este ano, quando os Estados Unidos deram carta branca para que a Turquia atacasse os curdos, aliados da Otan, na Síria, sem aprovação do bloco. O resultado dessa crise ficou estampado esta semana, no encontro na Inglaterra que marca os 70 anos da Otan, com direito à brincadeiras de líderes da Europa e do Canadá ao líder americano. No Ao Ponto desta quinta-feira, o colunista Guga Chacra e o professor de Relações internacional da Faap Carlos Gustavo Poggio analisam para onde caminha a aliança militar do atlântico norte e as razões para o presidente americano entrar em rota de colisão com seus aliados históricos.