Desde o ataque terrorista do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro, somam-se episódios de abuso contra o direito humanitário internacional. A começar pelo assassinato de civis e captura de reféns pelo grupo terrorista até a mais recente ofensiva israelense sobre a Faixa de Gaza – que vem sendo bombardeada e sofreu com o corte de água e energia elétrica. Para contar os últimos eventos da guerra e explicar os principais preceitos do direito humanitário, Natuza Nery conversa com a jornalista Paola de Orte, correspondente no Oriente Médio para a TV Globo e Globonews, e com Thiago Amparo, advogado, doutor, professor de direito internacional na FGV-SP e colunista do jornal Folha de S.Paulo. Neste episódio: • De Tel Aviv, em Israel, Paola relata os acontecimentos dos últimos dias no conflito: a ofensiva terrestre do exército de Israel sobre Gaza e o corte na comunicação dos palestinos, os desgastes políticos de Benjamin Netanyahu e a troca de ataque que viu in loco na cidade de Sderot. “Vemos fumaça cinza no céu e ouvimos o tempo todo o barulho das explosões”, resume; (1:00) • Thiago justifica por que, para o direito humanitário internacional, independentemente da motivação da guerra é necessário que os dois lados respeitem as regras: “É para garantir regras básicas diante dessa realidade brutal e proteger civis e não-combatentes”; (10:35) • Ele afirma que a regra da distinção é a “regra de ouro” do direito humanitário - ou seja, a diferenciação entre pessoas e coisas militares e civis. Thiago também comenta as regras da proporcionalidade e da precaução; (14:50) • O professor opina sobre as violações humanitárias cometidas por Hamas e pelo Estado de Israel, como a captura e manutenção e reféns e a interrupção do acesso a água e energia. “O ataque indiscriminado a civis impõe sofrimento sistemático à população”, conclui. (23:20)