Nos últimos meses, milhares de pessoas chegaram às unidades de saúde com sintomas leves ou moderados de covid-19, mas voltaram para casa sem fazer o teste para confirmar ou não o diagnóstico. São pacientes que, a partir de agora, deverão ser testados, de acordo com o plano traçado pelo Ministério da Saúde. A ideia é promover 24,4 milhões de exames moleculares, indicados para identificar o contágio nos primeiros oito dias de sintomas, além de outros 22 milhões de testes sorológicos, conhecidos como rápidos, principalmente nas cidades do interior que ainda não tiveram surto da doença. Mas para que funcione essa estratégia, apresentada em maio e relançada na semana passada, o quadro de testagem no país precisa mudar radicalmente. Até agora, a rede pública processou 860 mil testes moleculares. No Ao Ponto desta segunda-feira, a repórter Renata Mariz detalha como é a realidade hoje e quais são as apostas do governo para ampliar a testagem. O virologista Amilcar Tanuri, chefe do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, analisa o que já poderia ter sido realizado nos últimos meses para acompanhar o avanço da pandemia e aponta caminhos para aperfeiçoar o sistema.