Nesta quarta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse, em entrevista à CNN Brasil, que a vacinação contra a Covid pode iniciar, "por hipótese", até mesmo antes do final do ano, com o produto da Pfizer/Biontech. Essa é a vacina que o próprio Pazuello, poucos dias atrás, tratava como uma possibilidade remota para os brasileiros, principalmente pelas dificuldades de oferta, armazenagem e distribuição, uma vez que precisa ser mantida a 70 graus negativos. Agora, o governo não só defende o uso, como diz estar em tratativas para comprar 70 milhões de doses. Essa repentina mudança é um dos sinais da falta de clareza do plano oficial para imunizar os brasileiros contra o novo coronavírus. Outra dúvida é sobre como estados e municípios serão orientados para executar o plano federal de vacinação em todo o país.No Ao Ponto desta quinta-feira, a epidemiologista Maria Amélia Veras, professora de saúde coletiva da FCMSCSP e uma das líderes do observatório Covid-19, responde se estados e o municípios estão preparados para se adaptar ao plano que o governo afirma que vai implementar. Ela também analisa o que, na prática, já é possível dizer sobre esse planejamento e o que ainda falta explicar.