Nos Estados Unidos, a juíza Ruth Bader Ginsburg ajudou a pavimentar o caminho nos tribunais para a luta contra a desigualdade entre homens e mulheres. Sua morte, na última sexta-feira, aos 87 anos, move peças importantes na sociedade americana, seja pela influência como líder dos chamados liberais na Suprema Corte ou pelo impacto direto que tem na disputa pela Casa Branca entre Donald Trump e Joe Biden. Nem mesmo Trump ousou atacar seu legado, que classificou com inspirador para todos os americanos. Mas ele trabalha com vigor para indicar a substituta dela antes da eleição de 03 de novembro - ou mesmo até o fim do ano, mesmo que saia derrotado das urnas. Do outro lado, Biden apela à consciência dos senadores republicanos, com maioria no Senado, para frear a estratégia de Trump. Por trás dessas articulações, há uma batalha que ultrapassa a disputa eleitoral. No Ao Ponto desta terça-feira, o editor de Sociedade, Eduardo Graça, mostra como a morte de RBG, como era conhecida, também repercute das discussões sobre o aborto, a união entre pessoas do mesmo sexo e até o plano de saúde dos americanos. A colaboradora do GLOBO em Washington, Paola de Orte, conta quais são as chances para Trump ter sucesso no plano para reforçar a maioria conservadora na Suprema Corte americana.