A reação do presidente Jair Bolsonaro à morte do ex-policial Adriano da Nóbrega, chamado na milícia de "urso polar" e acusado de liderar no estado um grupo de assassinos profissionais, fez o grupo de WhatsApp dos governadores bombar. Foi a segunda vez que os chefes de Executivo se viram obrigados a confrontar o presidente com uma carta aberta, dessa vez, assinada por 20 de seus integrantes. A primeira foi no começo de fevereiro, subscrita por 22 governadores. Na ocasião, assunto principal era outro, o "desafio" de Bolsonaro para os os estados abram mão de uma de suas mais importantes fontes de arrecadação, o ICMS sobre os combustíveis. No Ao Ponto desta quarta-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, analisa o clima azedo entre os estados e o Palácio do Planalto. Na terça-feira, ele participou de um evento privado em São Paulo, do qual também participaram Wilson Witzel, do Rio, e o paulista João Doria, acompanhado pela repórter Silvia Amorim. Em comum, os apelos para a retomada do diálogo, praticamente rompido com Witzel e Doria, aliados do presidente na campanha eleitoral.