Dois meses após um general assumir interinamente o ministério da Saúde, a ala militar do governo passou a defender sua saída do cargo. O próprio vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que o general Eduardo Pazuello deve ser substituído em breve. Por trás dessa possível mudança, um número trágico: quase 80 mil mortos por Covid-19 no Brasil. As críticas à gestão dos militares na Saúde subiram de patamar no fim de semana, quando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que o Exército havia se associado a um genocídio, numa referência à condução da crise do coronavirus. Além dos militares, políticos do centrão também pressionam o governo pela saída do ministro interino. Qual o impacto desse impasse nas ações do Ministério da Saúde, em meio a uma pandemia? O que mudou desde a chegada dos militares? Qual o efeito da crise sobre a imagem das Forças Armadas? E o impacto político para o presidente Jair Bolsonaro? No Ao Ponto desta quinta-feira conversamos com a repórter Paula Ferreira e com o colunista Bernardo Mello Franco.