No breve discurso de posse de Milton Ribeiro, na última quinta-feira, a defesa do diálogo e do estado laico foram os destaques. Ele é o quatro ministro da Educação, em um ano e meio de governo Bolsonaro. Ribeiro assume com o peso resolver os problemas deixados por seus antecessores, Ricardo Velez Rodrigues e Abraham Weintraub, marcados pela guerra ideológica dentro e fora do setor. Reverendo da Igreja Presbiteriana e ligado ao Instituto Mackenzie, ele tem pela frente desafios gigantescos. A partir desta segunda-feira, Ribeiro será obrigado a explicar a proposta do governo, apresentada no último sábado, para a votação do novo Fundeb, discutido há anos e com votação prevista para esta semana na Câmara. O fundo assegura o funcionamento das escolas públicas em 64% dos municípios brasileiros. O novo ministro também precisa organizar o Enem e atuar no retorno às aulas em meio à pandemia, além de implementar o novo método de alfabetização, definido no ano passado, entre outros tópicos relevantes.No Ao Ponto desta segunda-feira, o colunista Antonio Gois analisa os desafios que o novo ministro tem pela frente e quais serão os principais obstáculos para dar conta do recado.