Em uma entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da Band, o presidente Jair Bolsonaro finalmente reconheceu, na terça-feira, a vitória de Joe Biden contra o seu mais importante aliado, o americano Donald Trump. Um atraso de quase seis semanas em relação a outros líderes mundiais. Só não foi o último porque o ditador norte-coreano Kim Jong-un assumiu esse lugar. E, como o russo Vladmir Putin, apenas felicitou o democrata depois que o resultado foi confirmado pelo colégio eleitoral. Mais tarde, em uma rede social, o brasileiro saudou Biden e disse estar disposto a trabalhar para dar continuidade à construção de uma aliança na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo. Da mesma forma, lembrou da integração econômica e comercial. Uma retórica que destoa da animosidade do período eleitoral e pós-eleitoral, quando Bolsonaro aderiu à tese da fraude nas eleições americanas. No Ao Ponto desta quinta-feira. o professor da Faap Carlos Gustavo Poggio, especializado nos estudos sobre a política americana, e a repórter especial Janaina Figueiredo analisam as chances de Bolsonaro construir pontes com Biden e avaliam os riscos para o Brasil, caso se amplie o distanciamento entre os dois governos.