Em seu rápido discurso de posse, o novo ministro da Justiça, Anderson Torres, tratou como prioridade o foco na segurança pública. E se alinhou ao presidente, em tom crítico às medidas de isolamento social. No entanto, coube ao próprio Jair Bolsonaro, na mesma cerimônia, indicar qual seria a primeira ação de impacto do novo subordinado: a troca no comando da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal. O escolhido para a PF foi Paulo Maiurino, que anteriormente atuou como assessor especial de Segurança Institucional do Conselho da Justiça Federal (CJF) e secretário de Segurança do Supremo Tribunal Federal (STF). Maiurino, com passagens também pelos governos de Geraldo Alckmin, em São Paulo, e de Wilson Witzel, no Rio, assume o cargo de diretor-geral no lugar de Rolando de Souza, à frente da Polícia Federal desde a saída do ex-ministro Sergio Moro, em maio de 2020. A nomeação do novo diretor da PF causou surpresa entre experientes delegados da corporação, mas agradou a políticos da chamada "bancada da bala", ligados à agenda da segurança pública. No Ao Ponto desta quinta-feira, a colunista Bela Megale e o repórter Aguirre Talento contam os bastidores da troca na PF e explicam como ela influencia, até mesmo, a disputa pela próxima vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), com a saída do ministro Marco Aurélio Mello, marcada para o dia 5 de julho.