A votação do projeto de lei que trata das fake news gerou tanto debate no Congresso que foi adiada na última terça-feira. O relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA) apresentou uma minuta de seu parecer, que gerou polêmica. Entre as propostas, a exigência de RG e CPF para abrir contas nas redes sociais, a criação de um sistema de pontos para avaliar o comportamento de usuários na internet e a obrigação de retirada de conteúdos do ar, mesmo sem decisão judicial. A reação foi negativa e um novo texto deve ser apresentado na segunda-feira. Além do aspecto técnico, a discussão também tem um pano de fundo político. Parlamentares bolsonaristas são contrários à aprovação da lei. Quais são os principais pontos do texto em discussão no Congresso? O projeto vai atacar também o uso de dinheiro público em anúncios veiculados em sites que publicam notícias falsas? O que está por trás da disputa política em torno da proposta? Quais são as recomendações dos especialistas para lidar com a questão? No Ao Ponto desta sexta-feira., conversamos com repórter Natalia Portinari, da sucursal de Brasília, e com o coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação e professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP Pablo Ortellado.