Quando a Primeira Guerra Mundial chegou ao fim, em 11 de novembro de 1918, o mundo enfrentava um inimigo comum ainda mais letal: a gripe espanhola. Historiadores calculam que a doença matou cerca de 50 milhões de pessoas, 35 mil delas só no Brasil. Nas cenas do século passado, algumas semelhanças com a reação que vemos à pandemia de coronavírus hoje: parte da população descrente da gravidade da doença e desinformação disseminada, inclusive, por setores do governo. O que nós aprendemos com a gripe espanhola e que pode servir de lição para o combate à Covid-19? Qual foi o impacto da pandemia no Brasil e no mundo, já assolado pela primeira grande guerra? O Brasil tem, hoje, melhores condições de lidar com esse tipo de doença? No Ao Ponto de hoje conversamos com a historiadora Mary del Priore e a pesquisadora Dilene Raimundo do Nascimento, professora do Programa de Pós Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz.