Nesta sexta-feira, a Fiocruz envasa o primeiro lote de testes da vacina contra a Covid-19, fabricada em parceria com a AstraZeneca e finalizada no Brasil com insumos importados da China. Este é um passo decisivo para a reposição dos estoques, que, em algumas cidades, como no caso do Rio, estão perto do fim. A produção iniciou com atraso, provocado pela demora na entrega de insumos e também na preparação da estrutura da fundação. E o cronograma é apertado: produzir 100,4 milhões de doses da chamada vacina de Oxford até o início de julho. O primeiro milhão de doses deve ser entregue entre os dias 15 e 19 de março. No segundo semestre, a Fiocruz dará um novo passo, com a produção de outras 110 milhões de vacinas 100% brasileiras, avanço que depende do sucesso da transferência de tecnologia prevista no contrato com a AstraZeneca. No Ao Ponto desta sexta-feira, o diretor-geral de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, conta os detalhes da operação sem precedentes montada para dar conta das encomendas do Ministério da Saúde. "Os prazos estão, mais ou menos, dentro de nossas expectativas de produção. Para essas atividades iniciais, tudo está pronto. Todo o processo está estabelecido. No sábado, a gente terá já o segundo lote de testes e, então, vamos preparar os lotes de validação, que estarão prontos na semana que vem", explicou Zuma. O diretor-geral de Bio-Manguinhos também explica os desafios para a transferência de tecnologia e de que forma o imunizante pode ser adaptado, caso isso seja necessário para proteger contra variantes do novo coronavírus que o tornem mais resistente às vacinas que já estão sendo aplicadas.