Na madrugada de quarta-feira, o terror dos disparos de grosso calibre apavorou os moradores de Cametá, no Norte do Pará. Um dia antes, outro bando, formado por mais de 30 homens fortemente armados e muito bem equipados, sitiou Criciúma, a cidade mais populosa do Sul de Santa Catarina. No Pará, os bandidos erraram o cofre, mas acertaram um dos reféns, usados como escudo, morto na ação criminosa. Em Criciúma, a vítima foi um policial que cruzou o caminho do bando e sofreu ferimentos graves. Ninguém foi preso no local das ações ou em fuga.Os dois assaltos se assemelham às ações conhecidas como "novo cangaço", um termo que se consolidou no início dos anos 2000 para caracterizar ações marcadas pela violência em cidades pequenas do Nordeste. Porém, esses bandos ampliaram seu raio de ação para municípios maiores e em outras regiões do país. No Ao Ponto desta quinta-feira, o analista criminal Guaracy Mingardi, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e o repórter Rodrigo Castro, da Revista Época, contam como esses bandos atuam e de que forma se equipam. Mingardi também analisa as dificuldade para impedir esse tipo de ação e quais são os elementos mais importantes nesse tipo de investigação.