Diante de todo o mundo, na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro responsabilizou índios e caboclos pelos incêndios que consomem a floresta amazônica. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o número de focos de calor registrados na Amazônia entre 1º de janeiro e 9 de setembro deste ano é o maior para este período desde 2010. Antes do fogo vem a derrubada da floresta. Segundo o Inpe, o desmatamento na floresta amazônica cresceu 34% entre agosto de 2019 e julho de 2020 em comparação com o ano anterior. De onde vêm os desmatadores? E quem é responsável pelos incêndios florestais? Qual o impacto da prática tradicional de comunidades nativas de atear fogo para limpar os roçados? Como a degradação da floresta contribui para o alastramento dos incêndios? E em que pé estão as investigações da Polícia Federal a respeito das queimadas? No Ao Ponto desta quinta-feira conversamos com a diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, Ane Alencar, considerada uma das maiores especialistas em incêndios na floresta amazônica, e com o repórter Leandro Prazeres.