Impactada pelo novo coronavírus, a economia do Brasil registrou em 2020 uma retração recorde de 4,1%, a pior desde 1990. O resultado, no entanto, é melhor do que o projetado logo no início da pandemia, quando analistas chegaram a prever recessão de 10%. O desempenho do agronegócio, favorecido pelo dólar elevado, o auxílio emergencial e as ações para proteção do emprego e de estímulo ao crédito amorteceram a queda. Mesmo assim, o Brasil encolheu mais do que outros países também afetados pelo novo coronavírus, como Estados Unidos e Suécia, e teve desempenho inferior a nações como Bulgária e Nigéria. Com isso, segundo levantamento da agência de classificação de riscos Austin Rating, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) fez com que o país perdesse sua vaga no ranking das dez maiores economias do planeta, passando da nona à 12 º posição, ultrapassado por Rússia, Canadá e Coreia do Sul. Para 2021, agência projeta uma queda ainda maior para a 14 º posição. No Ao Ponto desta sexta-feira, o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, responsável pela elaboração do ranking, explica como Brasil saiu da lista das dez maiores economias do mundo, após 14 anos, e de que forma seria possível recuperar uma melhor posição no cenário internacional.