A Conferência do Clima, em Madri, fracassou. Houve um compromisso de retomar as discussões no próximo encontro, em 2020, em Glasgow, na Escócia. A falta de acordo impactou o tema mais importante para o Brasil: a regulamentação do chamado mercado de carbono, quando países que preservam o meio ambiente recebem dinheiro de outras nações, que não conseguem cumprir suas metas climáticas. O governo brasileiro também resistiu o quanto pode para incluir no documento final estudos científicos que tratam da preservação dos oceanos e do solo. No Ao Ponto desta terça-feira, dois dos maiores especialistas brasileiros do setor, Raoni Rajão, professor de Gestão Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais, e o físico da USP Paulo Artaxo, que integra a equipe responsável pelo próximo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, avaliam os resultados do encontro e o papel exercido pelo Brasil.