Na última quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que "acabou" com a operação Lava-Jato porque "não tem mais corrupção" no governo. A declaração pegou de surpresa os integrantes das forças-tarefa, ligados ao Ministério Público Federal (MPF), responsável pelas investigações. Em resposta, os procuradores de Curitiba divulgaram nota, na qual criticaram o que chamaram de "ausência de efetivo comprometimento com o fortalecimento dos mecanismos de combate à corrupção". O ex-ministro Sergio Moro também protestou contra a fala de Bolsonaro.No Ao Ponto desta segunda-feira, o repórter Aguirre Talento, da sucursal de Brasília, conta qual é o nível de influência que o presidente pode exercer no andamento das investigações. E descreve o atual momento das apurações da Procuradoria Geral da República sobre políticos com foro no Supremo Tribunal Federal. O professor Michael Mohallem, coordenador do Centro de Justiça e Sociedade da FGV Direito Rio, analisa o impacto político das palavras do presidente. Ele também avalia recente decisão do ministro Luiz Fux, novo presidente do STF, que retira da 2ª Turma da Corte a palavra final sobre as ações penais da Lava-Jato.