Para muitos analistas, a vitória de Joe Biden nos Estados Unidos serviria como alerta a Bolsonaro. Um aviso de que discursos agressivos, principalmente relacionados à pandemia, podem ter efeito negativo sobre a popularidade. Mas, três dias após a derrota de Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro voltou a adotar o seu discurso mais beligerante, a ponto de fustigar os EUA e dizer que o Brasil é um país de maricas, em razão dos cuidados de toda a sociedade contra o novo coronavírus. Isso sem contar a comemoração em rede social da suspensão pela Anvisa das pesquisas para o desenvolvimento da CoronaVac, interrupção revogada pela própria agência no dia seguinte. No Ao Ponto desta quinta-feira, o colunista Bernardo Mello Franco e o embaixador Rubens Ricupero analisam o que leva o presidente a dobrar a aposta no tom beligerante, mesmo depois do alerta dado pela derrota de Trump, e projetam o impacto dessa postura sobre a imagem e os interesses do Brasil no exterior.