Pela primeira vez, o avanço da pandemia registra desaceleração no país, com a taxa de transmissão em 0,98, segundo dados do centro de controle de epidemias do Imperial College, em Londres. Quando essa taxa é superior a um, cada infectado transmite o vírus para mais de uma pessoa. Já quando está abaixo de um, a transmissão assume uma tendência de queda. Porém, a situação brasileira ainda não é classificada como estabilizada, e os números podem voltar a subir, caso não sejam adotadas medidas de prevenção. E os jovens, muitas vezes assintomáticos, porém com alta carga viral, têm um papel decisivo para manter essa curva de queda. Houve um aumento expressivo de casos nessa população, em um período que coincide com a retomada das atividades em várias cidades do Brasil. No Ao Ponto desta quinta-feira, a repórter especial Ana Lúcia Azevedo explica as hipóteses para a queda da taxa de transmissão e o que esse dado significa. A repórter Elisa Martins, da sucursal de São Paulo, conta como a Covid-19 atua nas populações com menor risco, mas que têm elevado potencial como vetores de contaminação.